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Cavalos nas Guerras
Imagem retirada da internet Os cavalos tiveram grande importância nas guerras que a sociedade travou até hoje.
Eles começaram a serem recrutados no início da guerra, junto com os soldados.
A razão da larga utilização desses animais é que eles se davam muito melhor em ambientes frios e lamacentos – como as trincheiras – do que carros e caminhões.
Só os exércitos franceses utilizaram entre 1,5 milhão e 1,8 milhão de equinos durante a Primeira Guerra Mundial, enquanto a Inglaterra levou para os campos de batalha outros 1,2 milhões e a Alemanha, 1 milhão.
Os demais países, estimam historiadores, somavam 4 milhões de animais. Oitenta por cento dos cavalos franceses morreram em campo, 35% deles abatidos por tiros inimigos, destino parecido com os das demais tropas.
O número poderia ter sido maior, se os cavalos importados não fossem, em sua maioria, considerados selvagens pelos europeus. Relatos de soldados franceses mostram que era preciso domar os animais e ensiná-los a enfrentar os horrores da guerra antes que eles pudessem ser usados.
A maior parte morria de fome e exaustão, sacrificada ou abandonada nas longas travessias entre os campos de batalha.
Em 1918, os poucos sobreviventes foram vendidos para os raros fazendeiros que tentavam retomar suas vidas. Os novos proprietários reclamavam que os cavalos estavam fracos, cansados, magros e pouco ajudavam nas plantações. Sem a ajuda desses bichos, a agricultura europeia recebeu um golpe fatal.
Nos anos seguintes, o continente amargou uma grande fome. Na Alemanha, a falta de animais, somada ao bloqueio das nações aliadas, matou 763.000 pessoas, de acordo com estimativas oficiais. Na Rússia, cerca de 5 milhões de pessoas foram atingidas pela grande fome de 1921.
O conflito alimentou ainda mais a ligação entre homens e seus animais e serviu como modelo para as máquinas que viriam a substituir os cavalos nos combates posteriores. Atualmente, tanques, aviões e sofisticados computadores ampliam as capacidades humanas com mais força, resistência e velocidade – da mesma maneira que os cavalos no início do século XX.
Fonte: Revista Veja