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  • Foto do escritorAntônio Brocker Junqueira

Você já ouviu falar da Mongólia?

Atualizado: 22 de fev. de 2022

Este país excentricamente incrível é o nosso destino de hoje! Teríamos muito o que falar deste que é um dos países que mais cultuam a cultura equestre no mundo, mas vamos nos ater a algumas surpreendentes curiosidades que o @antoniobrocker separou. Ele visitou o país asiático em 2014 para fazer uma inóspita cavalgada, junto dos Cavaleiros da Paz, em contato direto com o povo local e sua cultura.


Foto da viagem de Antônio. Créditos: Eduardo Rocha.

Está preparado(a)?

  • O Império Mongol, que durou entre 1209 e 1368, conquistou grande parte do mundo a cavalo. Liderados por Genghis Khan, o Império foi o maior em extensão territorial da história da humanidade. Chegou a ter 24 milhões de quilômetros quadrados, que iam da China até a Europa Oriental.


  • O país só se tornou um Estado semipresidencialista e pluripartidarista, com eleições direitas, a partir de 1990.


  • A Mongólia possui pouco mais de 3,2 milhões de habitantes, sendo que praticamente metade mora na capital Ulan Bator. O restante mora em pequenas vilas/cidades e, principalmente, de forma nômade pelo campo. Isso faz com que seja o país independente com menor densidade populacional do mundo.


  • Os nômades da Mongólia, cerca de 30% da população, moram nos Yurts (ou Ger), que são tendas/cabanas circulares, com estrutura interna de madeira, coberta por feltro ou lã. Eles possuem um ritual de entrada e vivência dentro dos Yurts. É lá que eles se protegem contra o frio e calor. Além disso, são de fácil montagem, já que eles migram em busca de melhores pastagens para o rebanho, conforme a estação do ano.


  • Cada família, possui seus animais, que ficam ao redor de seus Yurts. Incrivelmente eles NÃO POSSUEM CERCA ou algo que os prenda. Tudo é cuidado pelas próprias pessoas, com a ajuda dos cavalos - que a única coisa que possuem é um arame preso a um tronco, em que os amarram para poder encilhar.


  • Ao viajar pelo país, praticamente não existem estradas. As únicas que o país possuem são muito antigas e praticamente inviáveis de percorrer, com isso os veículos andam literalmente pelo campo.


  • Como já citado, não encontramos nenhuma cerca ou porteira pelo país. É incrível. Tudo livre e aberto, como nunca imaginado.


  • Os cavalos mongóis são bem pequenos, fortes e resistentes. A doma deles é basicamente sair gineteando pelo campo, até o cavalo parar de pular - já com o bridão. Não possuem muitos comandos, principalmente laterais, mas resistem muito ao clima e possuem capacidade de correr por longos quilômetros.


  • As encilhas/arreios são bem atípicas. Utilizam apenas bridão simples, com cabeçada de couro cru e rédeas de crina de cavalo. A sela é no formato de uma espécie de corcunda de camelo, que faz com que eles andem de pé, apoiados nos estribos.


  • Um dos mitos é que os mongóis que inventaram o estribo. Mas independente disso, a forma com que eles usam é bem interessante. Eles amarram um estribo ao outro, para que eles não abram, e com isso possam andar de pé. Este foi um dos artifícios que fizeram com que se saíssem bem nas disputas territoriais durante o Império Mongol.


  • A Mongólia possui os últimos cavalos selvagens do planeta, da raça Przewalski - considerada umas das primeiras e mais antigas raças do mundo.


  • O Naadam, que acontece no feriado nacional no mês de julho, é o maior festival cultural da Mongólia. Conta com eventos como a luta livre mongol, corrida de cavalos e arco-e-flecha, além de música, culinária e dança. É a única competição de jogos do país e desde 2010, o festival entrou para a lista do patrimônio imaterial da Unesco.


  • A corrida de cavalos do Naadam é um evento nunca visto no mundo, é incrível. Em uma espécie de corrida cross-country, a distância percorrida depende da idade dos cavalos - de 15 km a 30 km. Os jóqueis são apenas crianças, de 05 a 13 anos, que montam a pelo ou com apenas uma simples sela - sempre sem estribo. Eles correm pelo campo e a chegada é acompanhada por milhões de pessoas (sim, isso mesmo). É uma enorme celebração, onde os cinco primeiros são premiados e o cavalo campeão torna-se um ícone. Tanto é que a gota de suor dele é objeto de desejo da população, sendo sinônimo de sorte. Além disso, as vilas/cidades que tiveram um cavalo campeão, geralmente fazem uma estátua em homanagem. Os jóqueis/crianças não são tão celebrados, tanto que se caírem, o cavalo permanece na disputa, levando uma penalidade de uma colocação apenas. O que mais impressiona é a quantidade de cavalos participantes, são milhares.


  • A temperatura média anual é cerca de 2,4 graus abaixo de zero e, nos meses de inverno, a temperatura fica em torno de 30 graus negativos.


  • O Kumis, Kymys ou Airag é uma das bebidas mais típicas por lá. Conhecido como vodca local, ele é feito artesanalmente com leite de égua fermentado. Possui um gosto bem diferente e um tanto indigesto.


  • A Mongólia ainda conta com o Deserto do Góbi, que é o quinto maior do mundo, ocupando parte do seu território e parte da China.


  • A maior parte da população é budista, mais de 80%. O país possui vários antigos monastérios, carregados de história, que ainda possuem monges morando lá.


Eai, já deu vontade de ir? Se você ama a cultura equestre, assim como nós, temos certeza que vai se aventurar!

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