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  • Foto do escritorKaroline Rodrigues

Moscas: ciclos e métodos de controle


Imagem retirada da internet.

A mosca do estábulo (Stomoxys calcitrans) tem aproximadamente o mesmo tamanho e aparência geral de uma mosca doméstica (Musca doméstica), mas diferem no hábito alimentar, já que a primeira é hematófaga, ou seja, alimenta-se do sangue de seus hospedeiros (bovinos, equinos, suínos, cães e até o homem) de uma a duas vezes por dia.


A procriação da espécie se dá em matéria orgânica vegetal e fezes em decomposição, onde são depositados ovos, larvas e pupas, com ciclo de vida completado de 2 a 3 semanas, podendo os adultos viver de 3 a 4 semanas ou mais.


Dois grupos de fatores influenciam a incidência de moscas: os fatores bióticos, como inimigos naturais, tais como predadores, parasitóides e patógenos das moscas, e os fatores abióticos, ligados ao ambiente, tais como temperatura, umidade, higienização, etc.


São consideradas condições mais propícias para proliferação das moscas aquelas verificadas nos períodos do ano com maior incidência de chuvas, aliada a altas temperaturas.


Nos últimos anos, a população da mosca do estábulo tem aumentado exponencialmente em algumas regiões do Brasil, devido em parte à resistência desses insetos aos produtos químicos, mas também à falta de manejo das áreas florestais.


A adoção do corte mecanizado da cana-de-açúcar sem queima, assim como a incorporação da vinhaça junto ao solo, como uma prática de fertilização das áreas de plantio e a palha do café nos cafezais são também situações que contribuem para a reprodução e estabelecimento dos altos índices populacionais da mosca.


Em alguns locais, a situação pode ser alarmante. E a busca por soluções é uma preocupação de todos nesse segmento. Mas podemos afirmar por experiência própria que o controle de moscas nos locais de concentração de animais é comprovadamente mais eficiente quando combinados diferentes métodos biológicos e químicos.


O principal método biológico de controle de moscas, apesar de naturalmente eficiente, esbarra em outro vilão das baias: as teias de aranha. O maior inimigo natural das moscas são as aranhas, porém como falamos no primeiro post desta série, são igualmente indesejadas no ambiente dos equinos, pela sua ameaça física e pela má aparência causada pelas teias.


Já os métodos químicos acabam sendo a maior ferramenta de controle. Existem inseticidas que atuam nas moscas adultas, como iscas, pulverizadores, cordões de impregnação, e outras armadilhas. Há ainda os larvicidas que atuam nos criadouros impedindo o ciclo reprodutivo no seu estágio inicial.


O uso desses métodos químicos, dependendo da sua forma de aplicação, devem sempre observar a compatibilidade com a saúde dos cavalos, de modo a não afetar sua saúde. Por isso, é importante verificar riscos de intoxicação e outras contraindicações que essas substâncias químicas podem ter com relação aos equinos.


Outros métodos físicos usados diretamente nos equinos ajudam a proteger o animal das moscas, porém de modo algum ajudam a reduzir a população ou conter a reprodução. Máscaras e capas, por exemplo, têm essa função de proteger áreas sensíveis dos cavalos, principalmente os olhos o lombo.


Com o mesmo propósito, há ainda os repelentes, que como diz o nome, repelem os insetos, evitando que eles sentem e piquem os cavalos, reduzindo o incômodo. No entanto, sua eficácia é ainda mais curta, e uma vez que o odor evapora em curto prazo, tornado o produto ineficaz contra as moscas.


Os métodos culturais são igualmente importantes, e consistem em ações, hábitos e rotinas de prevenção e de tratamento, que ajudam a controlar as moscas nos equinos e nos ambientes pelos quais circulam.


Não existe uma única solução, e provavelmente as moscas não serão completamente exterminadas, uma vez que inerentes a ambientes rurais em determinadas épocas do ano. Mas com uma associação de métodos de controle disciplinada, é possível controlar com eficiência a situação, promovendo maior saúde e bem-estar aos cavalos, além de um aspecto higiênico ao ambiente.


*Este conteúdo foi produzido em parceria com Ecotrap®. Para saber mais sobre os produtos visite @ecotrapbrasil.

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